quarta-feira, 20 de maio de 2009

Inclusão e Surdez


Símbolo da Surdez



Como muitos pensam a surdez não afeta o indivíduo de uma única forma.Veja através do texto a seguir os graus de surdez.

O volume ou intensidade dos sons é medido por unidades

chamadas decibéis (dB), de tal sorte que verifica-se a partir da perda

auditiva em decibéis, a existência de diferentes graus de surdez. O

grupo dos parcialmente surdos engloba os sujeitos com surdez leve

e os com surdez moderada. A surdez leve apresenta uma perda

auditiva de até 40 dB. Essa perda impede a percepção perfeita de

todos os fonemas da palavra, mas não impede a aquisição normal da

linguagem. Pode, no entanto, causar algum problema articulatório

ou dificuldade na leitura e/ou escrita. A surdez moderada apresenta

perda auditiva entre 40 e 70 dB. Esses limites se encontram no nível

da percepção da palavra, sendo necessário uma voz de certa

intensidade para que seja claramente percebida.

Há ainda o grupo dos que abrange os indivíduos com

surdez severa e os com surdez profunda. A surdez severa apresenta

uma perda auditiva entre 70 e 90 dB. O indivíduo com surdez

profunda apresenta perda auditiva superior a 90 dB.

A classificação, que dada pela Bureau International d’Audiophonologic, por meio da

tabela BIAP, segue abaixo transcrita:

Classificação BIAP

(Bureau International d’Audiophonologic)


Graus de surdez:

- Leve – entre 20 e 40 dB

- Média – entre 40 e 70 dB

- Severa – entre 70 e 90 dB

- Profunda – mais de 90 dB

1º Grau: 90 dB

2º Grau: entre 90 e 100 dB

3º Grau: mais de 100 Db



Surdez no Brasil

A principal personagem da história dos surdos no Brasil não é um brasileiro e sim um francês. Eduard Huet nasceu em 1822 e aos 12 anos ficou surdo. Sua família pertencia à nobreza daquele país. Huet se formou professor e emigrou para o Brasil em 1855. Apoiado por D. Pedro II, ele fundou, no dia 26 de setembro de 1857, o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, hoje chamado de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Começou alfabetizando sete crianças com o mesmo método do abade L’Epée. Essa foi a primeira escola a aplicar a língua de sinais na metodologia de ensino.

Assim como a educação na França, a língua de sinais no Brasil deixou de se desenvolver com o Congresso de Milão. Embora a influência do oralismo fosse forte, os surdos brasileiros buscaram outras alternativas de se comunicarem através da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Organizaram-se em forma de associações para viverem aí sua cultura. As associações são lugares onde há uma rica convivência de surdos, troca de experiências, lazer, esporte e, principalmente, o fortalecimento da identidade dos surdos.


O papel do intérprete da língua de sinais.



O intérprete é a pessoa em que o surdo deposita extrema confiança.

Os serviços de interpretação são necessários em:

- Palestras e conferências;

- Entrevistas e trâmites como trabalho, consultas médicas, audiências judiciárias, etc.;

- Aulas onde o professor não seja fluente em LIBRAS e nas universidade;

- Situações em que a interação entre pessoas surdas e ouvintes não usuários de Língua de Sinais seja intensa, de longa duração e/ou de relevante importância.


*****ALFABETO MANUAL*****


CURIOSIDADES


· Aproximadamente 1.053.000 de crianças abaixo de 18 anos têm algum grau de deficiência auditiva, com índice de prevalência de 16,1 por 1000 (Bess e Humes 1995)

· Estima-se que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de moderada a profunda (OMS). Há fontes que citam que as perdas auditivas na população mundial estão acima de 57 milhões.

· No Brasil, de acordo com censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2002, há 24,5 milhões de pessoas com deficiências. Destas, 15.2 milhões em idade de trabalhar. Pela Lei nº 8213/91, as empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a disponibilizar uma cota progressiva de 2% a 5% de suas vagas a pessoas com deficiência.

  • 10 de novembro DIA NACIONAL DA SURDEZ

Características dos alunos surdos:


a) Portador de Surdez Leve

Aluno que apresenta perda auditiva de até quarenta decibéis. Essa perda impede queo aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra. Além disso, a voz fraca ou distante não é ouvida. Em geral, esse aluno é considerado como desatento, solicitando, frequentemente, a repetição daquilo que lhe falam. Essa perda auditiva não impede a aquisição normal da linguagem, mas poderá ser a causa de algum problema articulatório ou dificuldade na leitura e/ou escrita.

b) Portador de Surdez Moderada

Aluno que apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta decibéis. Esses limites se encontram no nível da percepção da palavra, sendo necessário uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida. É freqüente o atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo, em alguns casos, maiores problemas lingüísticos. Esse aluno tem maior dificuldade de discriminação auditiva em ambientes ruidosos.
Em geral, ele identifica as palavras mais significativas, tendo dificuldade em compreender certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas. Sua compreensão verbal está intimamente ligada à sua aptidão para a percepção visual.

Surdo

a)Portador de Surdez Severa

Aluno que apresenta perda auditiva entre setenta e noventa decibéis. Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns ruídos familiares e poderá perceber apenas a voz forte, podendo chegar até quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Se a família estiver bem orientada pela área educacional, a criança poderá chegar a adquirir linguagem. A compreensão verbal vai depender, em grande parte, de aptidão para utilizar a percepção visual e para observar o contexto das situações.

b)Portador de Surdez Profunda

Aluno que apresenta perda auditiva superior a noventa decibéis. A gravidade dessa perda é tal, que o priva das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a linguagem oral. As perturbações da função auditiva estão ligadas tanto à estrutura acústica, quanto à identificação simbólica da linguagem. Um bebê que nasce surdo balbucia como um de audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer à medida que não tem acesso à estimulação auditiva externa, fator de máxima importância para a aquisição da linguagem oral. Assim também, não adquire a fala como instrumento de comunicação, uma vez que, não a percebendo, não se interessa por ela, e não tendo “feedback” auditivo, não possui modelo para dirigir suas emissões.

A construção da linguagem oral no indivíduo com surdez profunda é uma tarefa longa e bastante complexa, envolvendo aquisições como: tomar conhecimento do mundo sonoro, aprender a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição, perceber e conservar a necessidade de comunicação e de expressão, compreender a linguagem e aprender a expressar-se.

Na área da deficiência da audição, as alternativas de atendimento estão intimamente relacionadas às condições individuais do educando. O grau da perda auditiva e do comprometimento lingüístico, a época em que ocorreu a surdez e a idade em que começou sua Educação Especial são fatores que irão determinar importantes diferenças em relação ao tipo de atendimento que deverá ser prescrito para o educando.

Quanto maior for a perda auditiva, maiores serão os problemas lingüísticos e maior será o tempo em que o aluno precisará receber atendimento especializado.


POLÍTICA NACIONAL PARA SURDOS


Decreto Nº 3298 /99 ( Regulamento Lei Nº 7853, de 24 de outubro de 1989 ),

Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Consolida as normas de proteção, e dá outras Providências.

TV - LIBRAS

TRIBUNAL SUPERIOR - TSE

Resolução TSE Nº 14.550 de 01 de setembro de 1994

Deficiente Auditiva - Propaganda Eleitoral Gratuita na TV com utilização de intérpretes de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais.

DIREITOS SURDOS - ACESSIBIBILIDADE

Lei Federal Nº 10.098 de 19 de novembro de 2000

"Estabelece Normas Gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiências ou com mobilidade reduzidas, e dá outras providências.

Capítulo VII da acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização Art.17 a 19 (Surdos)

ESCOLA

Lei Federal Nº 10.172 de 09 de janeiro de 2001

Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências ( Educação Especial - Implantar em (05) cinco, generalizar em (10) dez Anos, o ensino da Língua Brasileira de Sinais para os alunos surdos e, sempre possível, para seus familiares e para o pessoal da unidade escolar, mediante um programa de formação de monitores, em parceria com organização não governamentais).



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